Este diário é uma revelação do horror nazista. Cada detalhe narrado, cada dia vivido. Aqueles que viveram os episódios tristes que Mary testemunhou, tem o registro de seus nomes, e mesmo aqueles que Mary não conhecia pelo nome, mas que ela testemunhou seus sofrimentos, são revelações ao mundo do que representaram os locais de confinamento denominados guetos.
O diário nos traz nomes que na atualidade podemos conhecer por obras ou outras mídias biográficas. É o caso de Janusc Korczac, que dirigia o Lar das Crianças, que hoje é conhecido pelo legado deixado em obras pedagógicas. É o caso do pianista Wladyslaw Szpilman, que teve sua história contada no filme O Pianista, lançado em 2002.
Mary Berg nos leva com ela, a viver cada difícil dia daquele lugar. A ver o sofrimento e a morte tão banalizados. Um livro que não nos deve faltar na lista. Um livro que precisa ser lido por todas as gerações futuras.
BERG, Mary. O diário de Mary Berg: memórias do Gueto de Varsóvia; editado por S. L. Shneiderman; nova edição preparada por Susan Lee Pentlin; tradução de Geraldo Galvão Ferraz. – Barueri, SP: Manole, 2010.